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Empresários | Cautela com os projetos de investimentos















Crise pode frear o crescimento brasileiro, dizem especialistas. A crise mundial do setor financeiro, modificou completamente os ambientes interno e externo do meio empresarial. Ainda não se sabe quais serão as verdadeiras conseqüências para o Brasil; porém, uma coisa é certa: é preciso que o empresariado brasileiro tenha cautela neste momento. De acordo com o professor Carlos Alberto Zem, o cenário mundial ainda está em transformação e deve-se ter cuidado nas ações, mas sem a total imobilidade por parte do empresariado.

“A recomendação é que se observem as tendências e movimentos do setor onde se atua, para direcionar o exercício, ou não, das ações da empresa. Assim, as empresas deverão se posicionar para definir qual será o tipo de ação para desenvolver - “Como é complicado prever o futuro em negócios, o que se pode fazer é uma análise de cenários e definir as formas e posturas de posicionamento da empresa”, conclui o professor.

Segundo Zem “O empresariado, com raras exceções, não tem do que reclamar”, acredita. A perspectiva, ao menos para a economia brasileira, seria de continuidade do bom momento. A crise norte-americana poderá reverter esta expectativa, trazendo um crescimento menor na economia brasileira. Entretanto, não acredito que será tão ruim”, diz Zem.

Dessa forma, cabe às empresas, neste momento, projetar suas ações estratégicas e, na seqüência, procurar investir em inovações (desde as tecnológicas às idéias de pensar e gerir seus negócios). Outro aspecto importante é iniciar a convergência dos negócios da empresa que ainda estão na economia real e passar para a economia digital (Internet), tendência que vem sendo observada nos últimos anos. O empresário Fernando Cláudio da Silva, 39, diz que aproveita o momento da economia para importar ou exportar mais produtos. “O importante é analisar o cenário e se adaptar a ele”, ressalta.

Para o diretor titular de uma unidade do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Álvaro Vargas, o maior impacto da crise norte-americana seria a restrição ao crédito. “Este ficará mais caro e mais difícil de obtê-lo, o que diminuirá o crescimento econômico dos municípios brasileiros”, afirma. Para o empresário, caberá apenas prosseguir nas atividades normais, porque os empreendimentos são de médio e longo prazos. “Continuar os projetos com prudência e cuidado é fundamental, mesmo porque o Brasil tem uma economia diversificada e esta crise será menor para nós”, acredita.

Micro empresa

A mesma perspectiva e cautela cabe às MPEs (Micro e Pequenas Empresas), segundo acredita Antonio Carlos de Aguiar Ribeiro, gerente regional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Segundo ele, haverá redução de acesso ao crédito, o que causará “queda de produção e de consumo, principalmente de produtos duráveis”. Os pequenos empresários conseguirão vencer os desafios, na medida em que as empresas criarem uma cultura de planejamento e análise de cenários. “A partir destas implantações é que as organizações estarão melhores preparadas para o futuro. Para isso ocorrer, as empresas devem cada vez mais investir em treinamento e aprendizagem”, diz Ribeiro.

De acordo com Ribeiro, nos anos anteriores, houve aumento das vendas em decorrência do crescimento da renda dos consumidores e também da oferta de crédito, o que alavancou a produção e o consumo em geral. “As perspectivas continuam positivas, mas o empreendedor precisa ficar atento ao seu plano de negócios, analisando sempre a viabilidade de novos projetos e sem pressa para abrir um empreendimento”, finaliza. Hoje existem aproximadamente 5 milhões de micro e pequenas empresas no Brasil.